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Grande parte das penas utilizadas nos adornos vêm de animais mortos para servir de matéria-prima, informa o Ibama. (Foto: Ibama-PA/Divulgação)


Pequenos pedaços da Amazônia que estavam sendo vendidos nas calçadas de Santarém (PA) foram apreendidos e incinerados pelo Ibama. Penas e partes de animais silvestres, como uma cabeça de macaco, foram transformados em brincos, colares e acessórios de beleza.

No total, os fiscais confiscaram 68 brincos, 18 prendedores de cabelo, um colar, uma cabeça de macaco adulto e uma mandíbula pequena (de filhote), uma pata de jacaré, além de couro de cobra e de gato maracajá. Um iguana vivo, que estava sendo exposto amarrado, também foi apreendido.
Segundo o chefe de fiscalização do Ibama de Santarém, Gustavo Müller de Podestá, os consumidores ainda não percebem que estão adquirindo artesanato proveniente de crime ambiental. “As pessoas encaram isso [a venda artesanato de penas] com muita naturalidade. Existe uma demanda muito grande”, conta. 

Material apreendido foi incinerado. (Foto: Ibama-PA/Divulgação)

De acordo com ele, as aves mais prejudicadas são as da família dos psitacídeos, como papagaios e araras, pois eles têm as penas mais coloridas. “Os vendedores dizem que acharam as penas. Para a fiscalização, não importa. Eles estão incentivando que outras pessoas matem para produzir isso em série”, diz o chefe de fiscalização.

Ninguém foi preso ou multado após o flagrante. Podestá afirma que, a partir de agora, o Ibama começará a dar mais atenção a esse tipo de crime. “Vamos fazer um trabalho sistemático todos os finais de semana na orla e nos pontos turísticos, mais para coibir em vez de flagrar.”

via Globo Amazônia

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