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O Brasil é um dos maiores produtores de madeira tropical do mundo. É da Amazônia que vem a maior parte do produto vendido, no país, tanto legal quanto ilegalmente. Embora os brasileiros se preocupem com o futuro do bioma, na hora de comprar madeira para construir ou reformar a casa, o consumidor não se interessa em saber a origem dela. É o que mostra um estudo do Imaflora, o Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola. A ong sediada no interior de São Paulo foi criada para promover o uso sustentável de recursos naturais.
Entrevista com Renato Morgado/ assistente de projetos do Imaflora e um dos autores do estudo :
"Se a madeira tiver a origem de um plano de manejo florestal que siga critérios rigorosos ela é fonte de desenvolvimento social e econômico na floresta amazônica. Mas se ela é extraída de forma ilegal ela tem uma série de impactos sociais e ambientais negativos".
Piracicaba foi escolhida para fazer o estudo por ser a sede da Imaflora e também porque é uma cidade que representa as cidades de porte médio do estado de São Paulo - tem quase 400 mil habitantes. Em 2008 o volume de madeira comercializado aqui correspondeu ao corte de 6600 árvores.
Entre madeireiros, marcineiros e donos de indústrias que utilizam madeira, seu Nardo, dono de madeireira em Piracicaba que trabalha no ramo há 17 anos participou do estudo. Garapeira e Cambará são as espécies amazônicas que ele mais vende. Quando o consumidor não faz questão de madeira nativa, ele indica o eucalipto, de reflorestamento, que custa de 30 a 40% menos. O comerciante sempre exige dos fornecedores os documentos que comprovam a retirada legal da madeira, mas confirma que o consumidor não é lá muito exigente.
A sede da Imaflora foi construída com madeira legal e certificada.
Entrevista com Leonardo Sobral/engenheiro florestal :
" A madeira legal é a proveniente de um desmatamento ou de um plano de manejo que possui autorização do órgão ambiental. A madeira certificada, além de ser autorizada pelo órgão ambiental, o plano de manejo, ela precisa passar por um processo de verificação, de auditorias, que leva em consideração todos os aspectos ambientais e sociais do plano de manejo para saber se a madeira está sendo retirada daquela floresta, daquele plano de manejo, segundo os compromissos sociais e ambientais que são requisitos da certificação".
A madeira certificada, muitas vezes identificada pelo FSC-o selo verde do conselho de certificação florestal mais reconhecido do mundo, é mais cara. Mas os técnicos do Imaflora acreditam que só a demanda maior do consumidor vai baratear o produto. Na hora de comprar, vale lembrar destas outras dicas também.
Entrevisrta com Renato Morgado/um dos autores do estudo:
" O consumidor que consome madeira de forma esporádica em pequenas quantidades, a sugestão do Imaflora é que ele peça nota fiscal, como qualquer outro produto, exija apresentação do documento de origem florestal ou guia florestal."
Site do Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola)
www.imaflora.org
Autor:
Editora-Chefe: Vera Diegoli.
Reportagem:Cláudia Tavares.
Edição de Texto:Mariene Pádua. Pauta:Marici Arruda.
Produtor: Maurício Lima.
via Repórter Eco
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