O relatório do IPCC denunciava que qualquer alteração ligeira na precipitação poderia transformar parte da floresta sul americana em Savana.
O IPCC baseou-se num estudo da organização ambientalista WWF, assinado por dois cientistas. Mas agora, verificou-se que o estudo da WWW sobre a amazónia tinha sido baseado num trabalho publicação da revista Nature que fazia referência a acções humanas como possíveis culpadas pela danificação da floresta e não necessariamente o aquecimento global.
Perante a confusão, no sábado, a mesma organização WWF já avançou com a abertura de um inquérito sobre o estudo.
Esta é a terceira vez que em poucas semanas são levantadas dúvidas sobre algumas conclusões desenvolvidas por este Painel.
Há duas semanas, depois de denúncias feitas no Sunday Times, o organismo foi obrigado a desmentir a conclusão que avisava que as mudanças climáticas acabariam por derreter os glaciares dos Himalaias em 2035. Conclusões baseadas igualmente em estudos da mesma organização ambiental.
Assim como as conclusão de que as alterações climáticas podem ter sido ou ainda vir a ser responsáveis por desastres naturais como inundações e sismos. Perante este contexto, já se fala inclusive na possível demissão da presidente do Instituto, Rajendrav Pachauri.
Os cientistas temem que este tipo de situações aumente o cepticismo mundial face à problemática das alterações climáticas. E que resulte no ignorar dos malefícios do aquecimento global.
A mais recente controvérsia face à WWF reporta-se a um estudo de 2000 denominado "Estado Global dos Fogos Florestais". Um estudo comissariado por um jornalista freelance e ambientalista, ex-Greenpeace, ex-"Friends and Earth", Andrew Rowell, e que esteve igualmente envolvido em organizações anti-tabaco. No relatório a conclusão era clara: "Mais de 40% das florestas brasileiras eram extremamente sensíveis a pequenas reduções de precipitação". O IPCC pegou nesta conclusão mas estendeu-a a toda a Amazónia. Chegou mesmo ao ponto de referir que as reduções de chuva matariam por si só as árvores e não apenas os fogos.
Este polémico estudo não é contudo o único que aponta o aquecimento como o maior perigo para a floresta,
Já em Outubro de 2009 um estudo do pesquisador Richard Betts, do Hadley Centre, em Inglaterra, concluía que um aquecimento global de 4ºC iria ter consequências dramáticas para a América Latina, podendo subir as temperaturas na região amazónica entre 8ºC e 10ºC, levando à destruição de grande parte da floresta, Diz o estudo que o cenário catastrófico pode se tornar realidade já em 2060 - quatro décadas antes do que até foi previsto pelo Painel.
via DN
ONU desmente cientistas sobre a Amazónia
Um relatório tornado público nesta segunda-feira refere que, o Painel Intergovernamental de Alterações Climáticas de 2007 previa que o aquecimento global iria acabar com 40 porcento da floresta amazónica.
O documento denunciava que qualquer alteração ligeira na precipitação pode transformar parte da floresta sul americana em Savana.
Esta conclusão foi baseada num estudo da organização ambientalista World Wildlife Fund (WWF) e foi assinada por dois cientistas consultados pela ONU.
Entretanto agora a organização desmente.
É que o estudo da WWF na revista Nature fazia referência as acções humanas como possíveis responsáveis pela danificação da floresta e não necessariamente o aquecimento global.
Perante a confusão, a WWF já avançou com a abertura de um inquérito sobre o estudo.
Esta é a terceira vez que em pouco tempo são levantadas dúvidas sobre conclusões desenvolvidas por este Painel.
Investigadores temem que este tipo de situações aumente o cepticismo mundial face à problemática das alterações climáticas e que as pessoas ignorem as consequências do aquecimento global.
via Angola Press
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