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Cinco mil índios kaiapó deverão se deslocar de Mato Grosso até Altamira para engrossar as manifestações contra a construção da barragem da usina hidrelétrica de Belo Monte. Os indígenas deverão se concentrar na área conhecida como Volta Grande do Xingu, uma grande curva do rio, que será cortado por uma barragem, segundo o projeto de construção da hidrelétrica.
“Eles não vêm para dançar nem para falar para microfones. Vêm reparados para a guerra”, afirmou o líder indígena Luís Xipaia, que durante a semana passada coordenou a ocupação da sede da Funai em Altamira, em protesto contra a desarticulação da administração da Funai no município.
A idéia é que Volta Grande do Xingu se torne uma grande aldeia com várias etnias, o que praticamente inviabilizaria os planos de se construir uma hidrelétrica naquela que é considerada uma das mais ricas áreas de biodiversidade do planeta.
“Para construir a barragem terão que passar por cima de nós”, alertou Luís Xipaia.
Sob as águas
“Esse pessoal pensa que prender um rio é como prender um boi. Não tem como segurar a água. Se prende num canto ela vai para outro”. O raciocínio simples, mas direto, de Celso Albertino da Silva, morador da Transamazônica há 20 anos, resume o receio de grande parte dos que vivem sob a influência do rio Xingu.
Em Altamira, as opiniões são divididas. Quem trabalha de alguma forma com o comércio é favor da construção da usina. “É mais gente que virá e a cidade vai crescer”, diz um taxista. A construção da barragem, em pleno auge, deverá gerar 20 mil empregos diretos. Ao final da obra, serão menos de dois mil. O impacto social disso ainda não foi devidamente mensurado.
É um ecossistema único devido a uma barreira natural formada pelas cachoeiras. “É tão único que está determinado como área de preservação permanente. Uma área que não foi estudada”, diz a antropóloga. “De qualquer perspectiva que se olhe, social ou ambiental, não se sabe o custo de Belo Monte. Essa é a realidade”, resume Sônia Magalhães.
C/ informações Diário do Pará
Fotos: Ecoa
“Eles não vêm para dançar nem para falar para microfones. Vêm reparados para a guerra”, afirmou o líder indígena Luís Xipaia, que durante a semana passada coordenou a ocupação da sede da Funai em Altamira, em protesto contra a desarticulação da administração da Funai no município.
A idéia é que Volta Grande do Xingu se torne uma grande aldeia com várias etnias, o que praticamente inviabilizaria os planos de se construir uma hidrelétrica naquela que é considerada uma das mais ricas áreas de biodiversidade do planeta.
“Para construir a barragem terão que passar por cima de nós”, alertou Luís Xipaia.
Sob as águas
“Esse pessoal pensa que prender um rio é como prender um boi. Não tem como segurar a água. Se prende num canto ela vai para outro”. O raciocínio simples, mas direto, de Celso Albertino da Silva, morador da Transamazônica há 20 anos, resume o receio de grande parte dos que vivem sob a influência do rio Xingu.
Em Altamira, as opiniões são divididas. Quem trabalha de alguma forma com o comércio é favor da construção da usina. “É mais gente que virá e a cidade vai crescer”, diz um taxista. A construção da barragem, em pleno auge, deverá gerar 20 mil empregos diretos. Ao final da obra, serão menos de dois mil. O impacto social disso ainda não foi devidamente mensurado.
É um ecossistema único devido a uma barreira natural formada pelas cachoeiras. “É tão único que está determinado como área de preservação permanente. Uma área que não foi estudada”, diz a antropóloga. “De qualquer perspectiva que se olhe, social ou ambiental, não se sabe o custo de Belo Monte. Essa é a realidade”, resume Sônia Magalhães.
C/ informações Diário do Pará
Fotos: Ecoa
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11:00
Etiquetas:
Belo Monte,
Campanhas e Activismo,
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Rio Xingu
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