Live from Copenhaga 2009

Cop 15 Webcast

As Missões - Bandeirantes, Jesuítas e Guaranis
Autor: Real, Miguel
Editora: QuidNovi
Ano: 2009

Sinopse
Trata-se de um álbum organizado em conjunto com o Centro Nacional de Cultura que, anualmente, organiza uma viagem relacionada com a cultura portuguesa no mundo e para ela convida um escritor e um artista plástico a fazerem uma espécie de diário que inclua a visão pessoal da sua visita. Desta vez, os convidados foram o escritor Miguel Real e a pintora Graça Morais, que - entre outros viajantes - foram acompanhados por Guilherme d?Oliveira Martins, director do Centro Nacional de Cultura e autor da introdução, e da jornalista Paula Moura Pinheiro, que fez algumas crónicas da viagem, pequenos apontamentos das suas impressões, lidos originalmente num programa radiofónico. A viagem propriamente dita de que este livro se pretende o reflexo está relacionada com as missões portuguesas que os jesuítas fundaram na América do Sul nos séculos XVI e XVII (nos confins do Brasil, Paraguai, Bolívia, Argentina, Uruguai) para evangelização dos índios, sobretudo guaranis, e que tão bem foram retratadas no filme "A Missão", com Robert De Niro e Jeremy Irons. Miguel Real leva-nos desde a cidade de Lisboa no dia da partida a todos estes locais, em que já pouco resta das missões originais, pondo-nos a par dos problemas que os jesuítas enfrentaram nos seus intentos com os bandeirantes - civis sequiosos de ouro e riquezas - e com os próprios guaranis, que tinham uma sociedade muito diferente daquela que os religiosos lhes queriam impor. Ao mesmo tempo, vai-nos falando de figuras que se notabilizaram nos países por onde vai passando (escritores, pintores, políticos, etc.) e de algumas características destes povos sul-americanos, dando algumas pinceladas sobre assuntos como o tango ou a literatura de Jorge Luis Borges, por exemplo. E, enquanto a sua narrativa se estende, fala-nos ainda dos seus próprios sentimentos como viajante do século XXI a olhar para o passado, dos seus pensamentos sobre esses jesuítas e as suas motivações, estabelecendo frequentemente paralelos com algumas situações actuais. Como ficcionista que é, faz-se acompanhar de um anjo imaginário, que funciona como uma espécie de interlocutor ou segunda consciência, tornando o texto muito legível e atraente. Graça Morais ilustra a seu modo e através de colagens com fotografias a sua ideia destes locais onde há muitos séculos viveram no meio do nada jesuítas e índios.

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