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A história dos índios guaranis está no livro O índio nas missões – antes, durante e depois dos jesuítas, do escritor Sérgio Venturini, obra lançada recentemente em Santa Maria.
Venturini começou a escrever sobre as missões há 15 anos e, há dez, convive com os guaranis. “Visito seguidamente as aldeias”, conta o escritor.
A obra traz um texto interessante sobre a sexualidade e a espiritualidade do guarani, numa linguagem simples, escrita, segundo o autor, para o povo em geral.
Conforme o microhistoriador Mário Simon, “Sergio Venturini é um apaixonado pela história local. “Duvido que outro estudioso da história da região missioneira tenha despendido tanto esforço, tamanha sua curiosidade e tão grande o seu interesse por fatos, vultos e datas que essa história acolheu ao longo dos seus poucos séculos de existência. Essa atitude é a atitude do verdadeiro historiador”. Para ele, o escritor vai atrás mesmo, isto é, desloca-se para onde pensa encontrar as respostas. Não é sem significado que visitou todas as 30 antigas reduções das Missões Jesuíticas, hoje vestígios apenas, como que para sentir o ar que respiravam os antigos Guaranis, ver a mesma paisagem e apossar-se do sentimento geográfico de cada terra.
O livro conta com três participações especiais na busca do escritor sobre a verdade desses povos indígenas: do Paraguai, Isabelino Victor Martinez Galiano, um índio que desvenda o homem Guarani na sua mais clara e patente vida, de forma simples e profunda, como é a organização social desse homem que dominou as nossas selvas quando ainda não havia fronteiras; da Argentina, a médica Mariana Mampaey dá um depoimento completo, importante e duro sobre a saúde e a cosmovisão reprodutiva do índio Mbyá-Guarani, revelando o enorme respeito que tem para com essa cultura e que se impõe diante do leitor como uma advertência pelo descaso e desconhecimento do jeito de ser do Mbyá-Guarani e, por fim, Oscar Padrón Favre, importante historiador uruguaio, radicado em Durazno, que faz uma exposição sobre o Guarani missioneiro depois da decadência das missões. É ele que responde coma segurança de um pesquisador experiente à pergunta que todos nós fazemos daintes das ruínas dos templos jesuíticos: onde foram parar os índios das reduções?
O livro traz ilustrações das visitas realizadas pelo escritor as missões jesuíticas.
A obra, que foi lançada nas Feiras do Livro de Santa Maria e de Porto Alegre e no Instituto Histórico de São Luiz Gonzaga, está à venda na Cooperativa de Estudantes de Santa Maria (Cesma).
Sergio Venturini nasceu em Ivorá. É criador da Trilha dos Santos Mártires das Missões e consultor de História do projeto Rota Missões.
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