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Fotografia e Reportagem: Os ribeirinhos e o potássio

Criança em canoa no rio Madeirinha, afluente do Madeira, próximo a cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO CLAYTON DE SOUZA/AE 

Última grande fronteira da exploração de potássio no mundo, a região entre os rios Madeira e Amazonas será reativada. A população ribeirinha das cidade de Autazes e Nova Olinda (cerca de 200 km de Manaus) espera ansiosamente o recomeço da exploração. Na década de 70 a Petrobrás explorava o minério na região. Vivendo basicamente da pesca para consumo próprio, a população da região acredita que a exploração do minério possa gerar emprego e renda. Leia a matéria.
Texto: Nicola Pamplona
Fotos: Clayton de Souza

 
Maria Nazaré da Silva Barbosa dá banho no filho Henrique ao lado da filha Camila. Autazes, AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
 

Eldorado do potássio atrai Petrobrás à Amazônia

Considerada a última grande fronteira da exploração de potássio no mundo, a região do encontro entre os rios Madeira e Amazonas será reativada ainda este mês, com o início das perfurações da Potássio do Brasil, empresa de capital canadense. A região, que pode conter a terceira maior reserva mundial do minério, é considerada estratégica pelo governo, que caminha para promover um retorno da Petrobrás à mineração, 20 anos após a extinção da Petromisa, subsidiária que atuava no segmento.
A Potássio do Brasil, que pertence ao grupo financeiro Forbes & Manhattan por meio da mineradora Falcon Metais, conclui os preparativos para a perfuração do primeiro poço na região em quase 30 anos. A ideia é que o poço seja perfurado ainda em novembro, dando início a uma campanha de até 20 poços durante o próximo ano em Autazes e Itapiranga, ao custo de US$ 25 milhões. Se confirmado o potencial da jazida, o investimento pode chegar a US$ 2,5 bilhões, para extração de 2 milhões de toneladas por ano.
A região já foi explorada pela Petrobrás, que identificou a existência de 1,1 bilhão de toneladas na Mina de Fazendinha, no município de Nova Olinda do Norte, mas abandonou o projeto na década de 70. A mina chegou a ser transferida para a Falcon Metais, em processo suspenso no fim do ano passado, em um sinal de que, diante da crescente dependência de potássio, o governo quer maior controle sobre a sua produção. O mineral é usado na produção de fertilizantes.
O Brasil importa hoje 92% do potássio que consome, com um impacto negativo de US$ 3,8 bilhões na balança comercial em 2008. Nos meses anteriores à crise, o preço do produto disparou, passando de US$ 200 por tonelada para perto dos US$ 1 mil. A demora em buscar soluções para reduzir a dependência levou o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, a iniciar uma campanha pública pela retomada das atividades. "O Brasil não tem nenhuma política de exploração de jazidas minerais para fertilizantes", reclamou, recentemente.
A Petrobrás diz que está reavaliando o projeto e não há ainda decisão sobre o futuro da mina. A empresa, porém, já aprovou planos de expansão na área de fertilizantes - com a construção de duas fábricas de amônia e ureia com base no gás natural, dobrando a capacidade nacional - e pode ampliar as atividades para a extração do potássio. Dentro da empresa, há uma corrente que defende o investimento no setor.
A mudança de estratégia em relação aos fertilizantes já começou: a área foi transferida para a Diretoria de gás e Energia, comandada por Graça Foster, mais próxima à ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "A passagem da área para a Graça é um sinal de que o governo quer mais agilidade. O sentimento é que o Brasil precisa de um grande player na exploração do potássio e esse player é a Petrobrás", diz uma fonte com acesso à área energética do governo.
"O preço dos metálicos caiu após a crise, mas o do potássio tende a continuar em patamares elevados", comenta o diretor de Fiscalização do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), Walter Arcoverde. O DNPM concedeu à Falcon três alvarás de exploração na região do Madeira, que foram transferidos para a nova companhia, a Potássio do Brasil. "A área de fertilizantes é uma das que têm maior potencial de crescimento nos próximos anos", diz o presidente da Falcon, Hélio Diniz.
Canadá e Rússia têm hoje as duas maiores bacias produtoras de potássio, que se equivalem à Bacia Amazônica em termos de extensão territorial. Para o secretário de mineração do Amazonas, Daniel Nava, a região tem potencial para garantir a autossuficiência brasileira em dez anos.
Mesmo que as reservas sejam confirmadas, a produção do mineral na Amazônia não se dará antes de 2015, já que o desenvolvimento de uma mina pode levar de seis a sete anos. No caso de Fazendinha, a produção pode ser atingida um ano mais cedo, uma vez que a fase de exploração já foi concluída.
via Estadão






Criança em canoa no rio Madeirinha, afluente do Madeira, próximo a
  cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO CLAYTON DE SOUZA/AE
Criança em canoa no rio Madeirinha, afluente do Madeira, próximo a cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO CLAYTON DE SOUZA/AE

Balsa navega pelo rio Negro na cidade de Manaus; inicio da viagem 
para a região de Autazes. AM 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Balsa navega pelo rio Negro na cidade de Manaus; inicio da viagem para a região de Autazes. AM 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
CPT AUTAZES AM 05/11/2009 POTASSIO SILVINITA AMAZONIA ESPECIAL 
DOMINICAL  Família em balsa no encontro dos Rios Negro e Solimões entre 
Manaus e Careiro da Varzea.  A descoberta de uma grande jazida  de 
Silvinita ( potássio ) na cidade de Autazes , que é muito pobre e está 
entre as mais baixas no IDH do estado , criou uma grande expectativa 
entre a população pela  melhora na qualidade de vida.  Uma grande jazida
  de Silvinita ( potássio ) foi descoberta no subsolo da amazônia a 
aproximadamente 200 km de Manaus.  FOTO CLAYTON DE SOUZA/AE
Família navega em balsa, no encontro dos Rios Negro e Solimões, entre Manaus e Careiro da Várzea. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
CPT AUTAZES AM 05/11/2009 POTASSIO SILVINITA AMAZONIA ESPECIAL 
DOMINICAL Homem descansa na travessia de Balsa entre Manaus e Careiro da
 Varzea no Rio Solimões.  A descoberta de uma grande jazida  de 
Silvinita ( potássio ) na cidade Autazes , que é muito pobre e está 
entre as mais baixas no IDH do estado , criou uma grande expectativa 
entre a população pela  melhora na qualidade de vida.  Uma grande jazida
  de Silvinita ( potássio ) foi descoberta no subsolo da amazônia a 
aproximadamente 200 km de Manaus.  FOTO CLAYTON DE SOUZA/AE
Travessia de balsa, no encontro dos Rios Negro e Solimões, entre Manaus e Careiro da Várzea. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Encontro dos Rios Negro e Solimões, entre Manaus e Careiro da 
Várzea. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Encontro dos Rios Negro e Solimões, entre Manaus e Careiro da Várzea. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Pescador no Rio Solimões próximo à cidade Careiro da Várzea.. AM, 
05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Pescador no Rio Solimões próximo à cidade Careiro da Várzea.. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Bar flutuante no Rio Madeirinha, afluente do Rio Madeira, próximo à
 cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Bar flutuante no Rio Madeirinha, afluente do Rio Madeira, próximo à cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Porto da cidade de  Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE 
SOUZA/AE
Porto da cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Porto da cidade de  Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE 
SOUZA/AE
Porto da cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Estabelecimento comercial na cidade de  Autazes. AM, 05/11/2009. 
FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Estabelecimento comercial na cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Porto de  Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Porto de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Canoas no porto de  Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE 
SOUZA/AE
Canoas no porto de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
CPT1 AUTAZES AM 05/11/2009 POTASSIO SILVINITA AMAZONIA ESPECIAL 
DOMINICAL Na cidade de Autazes a familia de Dona Maria Nazaré da Silva 
Barbosa ( na foto com os filhos Camile e Henrique ) mora em um pequeno 
barco de carga sem banheiro  e sobrevive de pequenos transportes de 
mercadorias. Eles acreditam que a exploração do minério possa melhorar a
 vida da família.  Uma grande jazida  de Silvinita ( potássio ) foi 
descoberta no subsolo da amazônia a aproximadamente 200 km de Manaus.   
FOTO: Clayton de Souza/AE
Maria Nazaré da Silva Barbosa dá banho no filho Henrique ao lado da filha Camila. Autazes, AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Barqueiro Raymar Jonas Vinhote no Rio Madeirinha na cidade de 
Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Barqueiro Raymar Jonas Vinhote no Rio Madeirinha na cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Fim de tarde no porto da cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: 
CLAYTON DE SOUZA/AE
Fim de tarde no porto da cidade de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Criança em lancha entre as cidade de Nova Olinda do Norte e 
Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Criança em lancha entre as cidade de Nova Olinda do Norte e Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Escola em assentamento rural do INCRA, em Nova Olinda do Norte. 
Local do assentadas é um antigo campo de exploração de petróleo e tem 
uma grande reserva de Silvinita. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE 
SOUZA/AE
Escola em assentamento rural do INCRA, em Nova Olinda do Norte. Local do assentadas é um antigo campo de exploração de petróleo e tem uma grande reserva de Silvinita. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Alunos na escola em assentamento rural do INCRA, em Nova Olinda do
 Norte. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Alunos na escola em assentamento rural do INCRA, em Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Poço de petróleo abandonado na década de 70 pela Petrobrás, 
situado na zona rural da cidade de Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009.
 FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Poço de petróleo abandonado na década de 70 pela Petrobrás, situado na zona rural da cidade de Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Prédio abandonado pela Petrobrás na década de 70, na cidade de 
Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Prédio abandonado pela Petrobrás na década de 70, na cidade de Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Entardecer no porto de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE 
SOUZA/AE
Entardecer no porto de Autazes. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Porto na cidade de Nova Olinda do Norte, no Rio Madeira. AM, 
05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Porto na cidade de Nova Olinda do Norte, no Rio Madeira. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Crianças mergulham no Rio Madeira. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON 
DE SOUZA/AE
Crianças mergulham no Rio Madeira. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Movimento no porto da cidade Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009.
 FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Movimento no porto da cidade Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Rio Madeira, próximo à cidade de Nova Olinda do Norte. AM, 
05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE
Rio Madeira, próximo à cidade de Nova Olinda do Norte. AM, 05/11/2009. FOTO: CLAYTON DE SOUZA/AE

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