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Após definir e consolidar os nomes dos assessores mais próximos com os quais trabalhará, a senadora Marina Silva deve intensificar a pré-campanha do Partido Verde à Presidência da República logo após o carnaval. Na montagem da equipe, a pré-candidata privilegiou sobretudo ambientalistas com os quais já trabalhou no Ministério do Meio Ambiente, entre 2003 e 2008. Eles formam uma espécie de núcleo de segurança da senadora no interior do partido no qual ela ainda é uma neófita - considerando que se tornou verde há apenas quatro meses, após militar 30 anos no PT.
A reportagem é de Roldão Arruda e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 14-02-2010.
As duas pessoas que estarão mais próximas de Marina nessa fase, Basileu Alves Margarido e João Paulo Capobianco, foram seus assessores diretos no ministério. Margarido presidiu o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Quando se demitiu, foi para a chefia do gabinete de Marina no Senado, de onde deverá se desligar nos próximos dias, para se dedicar exclusivamente à pré-campanha. Será uma espécie de secretário político.
Capobianco foi secretário executivo do ministério e presidiu o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade. Biólogo, tem uma ligação histórica com organizações não-governamentais ambientalistas e a formulação de políticas de desenvolvimento sustentável.
A tarefa de definir a agenda da pré-candidata ficará com Luciano Zica, ex-deputado pelo PT e ex-secretário nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. Roberto Kishinami, diretor do Greenpeace, que atuava como consultor do ministério, será um dos responsáveis pela montagem do esquema de arrecadação de fundos.
Também faz parte do núcleo mais próximo o empresário Guilherme Leal, um dos três copresidentes da Natura e um dos 12 brasileiros que figuram na lista de bilionários da revista Forbes. Amigo de Marina há quase 15 anos, desde quando começou a enraizar no Brasil a ideia de que floresta em pé pode valer mais do que abatida, ele foi escolhido por ela para o posto de vice-presidente na chapa. Uma de suas tarefas será tornar a pré-candidata mais palatável ao gosto do empresariado.
NOVOS VERDES
Assim como a senadora, Leal e outros integrantes do núcleo assinaram há pouco tempo suas fichas de filiação ao PV. Mas o núcleo também inclui verdes históricos. O mais notável é o vice-presidente nacional do partido, o vereador carioca Alfredo Sirkis, do Rio. Ex-guerrilheiro e fundador do PV, Sirkis coordena a pré-campanha até junho. Depois desembarca do posto para cuidar de sua própria campanha, em busca de uma vaga na Câmara dos Deputados.
Outro verde influente é Marco Mroz, presidente da Fundação Verde Herbert Daniel, um tipo de centro ideológico do partido, assim como a Fundação Teotônio Vilela é para o PSDB. Com o apoio do presidente do partido, José Luiz Penna, ele é o número 1 entre os articuladores de palanques para Marina. Sua tarefa não é fácil, por causa dos focos fisiológicos localizados em diversas partes do País, que resistem à ideia de uma campanha planejada nacionalmente. Há casos em que a resistência só cai com a intervenção aberta de Sirkis e Penna.
O grupo de pessoas que Marina ouve mais assiduamente também inclui o antropólogo Carlos Alberto Ricardo, Instituto Socioambiental, uma das mais influentes ONGs do País na área de proteção ambiental e questões indígenas, e o economista José Eli da Veiga, professor da USP que se ocupa de questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável há quase 40 anos.
A entrada repentina no partido de um bloco tão forte provocou descontentamentos e alguns atritos. Mas, segundo Mroz, estão contornados. "A verdade é que todo mundo está feliz com a vinda da Marina", diz ele. "As possibilidades de crescimento do partido são cada vez mais evidentes."
O deputado Fernando Gabeira, pré-candidato do partido ao governo do Rio, também acredita que os verdes têm muito a ganhar com Marina e sua equipe. "Ela traz para o partido uma história de vida rica como a do presidente Lula e uma vasta experiência política", diz ele. "Já fez várias campanhas, assim como o José Serra. É bem diferente da Dilma Rousseff, que nunca se candidatou a nada e na primeira vez já sai disputando a Presidência da República."
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A reportagem é de Roldão Arruda e publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, 14-02-2010.
As duas pessoas que estarão mais próximas de Marina nessa fase, Basileu Alves Margarido e João Paulo Capobianco, foram seus assessores diretos no ministério. Margarido presidiu o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Quando se demitiu, foi para a chefia do gabinete de Marina no Senado, de onde deverá se desligar nos próximos dias, para se dedicar exclusivamente à pré-campanha. Será uma espécie de secretário político.
Capobianco foi secretário executivo do ministério e presidiu o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade. Biólogo, tem uma ligação histórica com organizações não-governamentais ambientalistas e a formulação de políticas de desenvolvimento sustentável.
A tarefa de definir a agenda da pré-candidata ficará com Luciano Zica, ex-deputado pelo PT e ex-secretário nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano. Roberto Kishinami, diretor do Greenpeace, que atuava como consultor do ministério, será um dos responsáveis pela montagem do esquema de arrecadação de fundos.
Também faz parte do núcleo mais próximo o empresário Guilherme Leal, um dos três copresidentes da Natura e um dos 12 brasileiros que figuram na lista de bilionários da revista Forbes. Amigo de Marina há quase 15 anos, desde quando começou a enraizar no Brasil a ideia de que floresta em pé pode valer mais do que abatida, ele foi escolhido por ela para o posto de vice-presidente na chapa. Uma de suas tarefas será tornar a pré-candidata mais palatável ao gosto do empresariado.
NOVOS VERDES
Assim como a senadora, Leal e outros integrantes do núcleo assinaram há pouco tempo suas fichas de filiação ao PV. Mas o núcleo também inclui verdes históricos. O mais notável é o vice-presidente nacional do partido, o vereador carioca Alfredo Sirkis, do Rio. Ex-guerrilheiro e fundador do PV, Sirkis coordena a pré-campanha até junho. Depois desembarca do posto para cuidar de sua própria campanha, em busca de uma vaga na Câmara dos Deputados.
Outro verde influente é Marco Mroz, presidente da Fundação Verde Herbert Daniel, um tipo de centro ideológico do partido, assim como a Fundação Teotônio Vilela é para o PSDB. Com o apoio do presidente do partido, José Luiz Penna, ele é o número 1 entre os articuladores de palanques para Marina. Sua tarefa não é fácil, por causa dos focos fisiológicos localizados em diversas partes do País, que resistem à ideia de uma campanha planejada nacionalmente. Há casos em que a resistência só cai com a intervenção aberta de Sirkis e Penna.
O grupo de pessoas que Marina ouve mais assiduamente também inclui o antropólogo Carlos Alberto Ricardo, Instituto Socioambiental, uma das mais influentes ONGs do País na área de proteção ambiental e questões indígenas, e o economista José Eli da Veiga, professor da USP que se ocupa de questões relacionadas ao desenvolvimento sustentável há quase 40 anos.
A entrada repentina no partido de um bloco tão forte provocou descontentamentos e alguns atritos. Mas, segundo Mroz, estão contornados. "A verdade é que todo mundo está feliz com a vinda da Marina", diz ele. "As possibilidades de crescimento do partido são cada vez mais evidentes."
O deputado Fernando Gabeira, pré-candidato do partido ao governo do Rio, também acredita que os verdes têm muito a ganhar com Marina e sua equipe. "Ela traz para o partido uma história de vida rica como a do presidente Lula e uma vasta experiência política", diz ele. "Já fez várias campanhas, assim como o José Serra. É bem diferente da Dilma Rousseff, que nunca se candidatou a nada e na primeira vez já sai disputando a Presidência da República."
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