Esta descoberta não se baseia só nos trabalhos arqueológicos, mas também em imagens disponibilizadas, por parte do Google Earth, de regiões desflorestadas da Amazónia.
No entanto, estes novos dados não podem ser encarados de forma exagerada, tal como considera David Grann, autor de “The Lost City of Z”, como muitas vezes também é designada a cidade El Dorado. "Isto rompe com as noções anteriores de como a Amazónia se pareceria antes da chegada de Cristóvão Colombo (ao continente americano)", refere no jornal "Times".
Desde o tempo das conquistas, a lenda de uma antiga e perdida civilização no interior da floresta amazónica entusiasmou vários exploradores que partiram à descoberta desta cidade, embora nenhum deles tivesse conseguido provar a existência do local.
Por isso Grann destaca a história de um bandeirante, que em 1753, depois de sair do interior da floresta amazónica, afirmou que tinha visto as ruínas de uma antiga civilização do topo de uma montanha. “As ruínas mostram bem o tamanho e a grandeza do que terá sido a cidade e quão populosa e opulenta deve ter sido a era em que ela floresceu”, escreveu o bandeirante, conforme se pode ler no "Times".
As obras que se centram nesta cidade perdida são muitas e têm-se multiplicado ao longo dos anos, sendo os seus autores até do meio científico, como é o caso de um ex-director da Royal Geographic Society, John Hemming. Destaca-se ainda o nome de um dos exploradores mais interessados neste tema, Percy Fawcett, que, em 1925, se aventurou novamente na floresta amazónica tendo sido dado como desaparecido pela Royal Geographic Society em 1927. Este explorador não chegou a ser encontrado mas os seus registos inspiraram muitos investigadores. Fawcett publicou inúmeros livros sobre a El Dorado, ou a Cidade Z.
Como todas as lendas, este mistério de uma civilização perdida também foi transportado para a literatura. A obra "O Mundo Perdido", de Arthur Conan Doyle, conta uma história sobre um cientista que afirma ter provas de espécies extintas que sobrevivem na Amazónia.
geoglifos pré-colombianos no Acre
O Antiquity publica na sua edição nº 83, pags 1084/1095, o artigo “Pre-Columbian geometric earthworks in the upper Púrus; a complex society in Western Amazonia”, de Martti Oarssinen, Denise Schaan e Alceu Ranzi, onde são mencionadas estas estructuras, descobertas na década de 1970, no Estado do Acre, Norte do Brasil, que se estendem ao longo de 250kms e que poderão datar da época Pré-Colombiana. A fotografia representa a Fazenda Paraná (fotografada por Edison Caetano, assim como a Fazenda Colorado, a Mustafa), e os geoglifos até hoje conhecidos foram “atribuídos por datação de radiocarbono à época pré-colombiana, entre DC 1244 e 1378 (mais provável DC 1283), cerca de 300 anos antes da chegada dos europeus, mas consistente com o desenvolvimento de complexas sociedades e culturas noutras regiões da Amazonia, DC 900/1400”. Os geólogos referem que “devido à pouca cobertura que a Google Earth faz de zonas não urbanas, estas descobertas não devem ultrapassar 10% de tudo o que existe na região”. cienciahoje: “Geoglifos na Amazónia podem revelar o passado dos povos da América do Sul”, de Fabíola Ortiz, Ag. Lusa, 8.08.2009. Ainda não encontrei o “El Dorado”, mas também não leio tudo.(...)
Estranho
Dado que o geoglifos do acre já estão descobertos há muito tempo (desde a década de 80), estando inclusive em vias de classificação por parte da Unesco esta notícia levanta-me muitas reticências. Encontra-se referências à sua datação como sendo de 3000ac a 800dc, não como alguém extrapolou para uma antiga civilização perdida (e o El Dorado). Falar no Colombo parece-me também absurdo (que recorde-se que chegou onde é hoje a Rep.Dominicana) e mais próprio de técnicas de Show-Off e menos de investigação pura e séria.(...)
Lucy, UK. 12.01.2010 15:56
vestígios arqueológicos
Estas figuras geométricas estão relacionadas com as descobertas de Erickson e Heckenberger, descritas no livro Amazónia, Árvore de Rios, do Dr. John Hemming. Nada têm a ver com as extravagâncias do Coronal Fawcett, que se enfiou à doida pela Amazónia, a 1600 km de distância desses vestígios. Contam alguns índios (embora isso não possa ser comprovado) que o Coronel Fawcett e seus companheiros foram mortos por índios durante uns desacatos. As hostilidades terão começado quando o Coronel desatou a dar ordens a uns rapazitos índios, como se fossem seus criados, e deu um estaladão num que lhe desobedecera. O Dr. Hemming já enviou uma carta ao Times a repudiar qualquer ligação entre estes vestígios arqueológicos e as aventuras do "louco, racista e incompetente Coronel Fawcett". No entanto, não sei se o Times irá publicar essa carta ou não.(...)
Coordenadas
Para quem como eu está mais interessado em ver os Gvestígios no oogle Earth aqui vão algumas coordenadas que encontrei: S 08 50’ 38”, W 67 15’ 11” ou S 08 52’ 32”, W 67 14’ 42” ou S 8 43’ 13”, W 67 10’ 34”. É só colocar na caixa "Voar para" e estão lá. Quanto à imagem que acompanha esta notícia, não se trata de uma imagem do Google Earth como indicado mas sim de uma fotografia. Podem entrá-la nas coordenadas 9° 41' 17.07" S 68° 9' 28.10" W. Original no panoramio em h t t p : / / w w w .panoramio.com/photo/18671334 (tirem os espaços no ínício do endereço, parace que o Público não gosta da interactividade da Internet!). Outras fotografias idênticas podem encontrar se clicarem na tag dessa página, onde diz "Temas/etiquetas nesta fotografia". N.N.: Pena os jornalistas de hoje não terem 5 minutos para fazerem jornalismo, melhor que a profissão passe a designar-se de "copy-pasters" (de notícias de agências).AlmadeViajante
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